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HISTÓRIA DE SACI – ARRAIÁ DA CELISA

Tendo o Currículo em Construção, bem como o Referencial Curricular da Educação Infantil como ponto de partida em meus planejamentos, os grupos de crianças se organizavam para os canteiros de trabalho, de acordo com cada plano. As estratégias podem ser propostas pelas crianças e também pela educadora. Normalmente elas sugerem trabalhos que conhecem e, neste momento, aproveito para inserir procedimentos novos e diferentes como ferramentas de aprendizagens que agreguem valor. As equipes são formadas de acordo com o número de crianças que desejam participar de determinado ateliê, pois pra mim o desejo delas as move para o trabalho responsável e conextualizado, independente da idade (03 a 06 anos). O plano de trabalho envolveu pesquisas que dessem conta dos por quês: do nome Festa Juninia, da fogueira, dos tipos de comidas, roupas, trabalho na roça, tipo de vida, diversão do sertanejo, dia a dia e muito mais. O saci entrou nesta história por sugestão da Turma da Água, já que a maioria não queria dançar no Arraiá da Emei Celisa e sim fazer teatro. Para felicitar todos, sugeri que cantássemos e dançássemos no final. Os ateliês vivenciados para esta atividade foi de desenho, escrita, artes visuais, livro da vida. Falamos de tamanhos, proporções para o cenário, pesquisamos blogs na internet, vimos vídeos no site http://www.youtube.com, relemos várias lendas, dançamos livremente. Aprendemos até a dança da Umbigada (Batuque -paulista). As assembléias no final do dia, retomam o trabalho realizado e o planejamento da sua continuidade. Todo o registro é feito por fotografias, filmagens e no Livro da Vida, além do produto final: o CENÁRIO DO TEATRO e sua apresentação. Inventamos uma história de saci e o resto, o video conta.

HISTÓRIA DE SACI (História Coletiva para a Peça do Teatro que será apresentada amanhã no Arraiá da Celisa)

HISTÓRIA DE SACI

ERA UMA VEZ UMA ESCOLA CHAMADA CELISA. LÁ HAVIA VÁRIOS SACIS EM SUA FLORESTA. ESSES SACIS USAVAM CAPUZ VERMELHO, CACHIMBO E PULAVAM EM UMA PERNA SÓ. ELES GOSTAVAM DE JOGAR SAL NA COMIDA QUE A COZINHEIRA JULIANA FAZIA PARA AS CRIANÇAS. QUANDO A TURMA DA ÁGUA ÍA PARA O PARQUE, TIRAVA SEUS SAPATINHOS E DEIXAVA ARRUMADINHOS, MAS OS SACIS IAM LÁ E MISTURAVAM TODOS ELES. FOI ASSIM QUE ACONTECEU. A TURMA DA ÁGUA TIROU OS SAPATINHOS, ARRUMOU NA SALA E FOI PARA O PARQUE BRINCAR DE RODA. E LÁ FORAM OS SACIS BAGUNÇAR A SALA. MAS ELES FAZIAM ISSO PORQUE VIAM AS CRIANÇAS BRINCAREM DE RODA E TAMBÉM QUERIAM SE JUNTAR A ELAS.

ENTÃO UM DIA OS SACIS FORAM ATÉ A RODA E PERGUNTARAM PARA AS CRIANÇAS:

_ PODEMOS SER SEUS AMIGOS?

AS CRIANÇAS RESPONDERAM:

_ SIM, VENHAM BRINCAR COM A GENTE!

OS SACIS SE DESCULPARAM PELOS MODOS ATITUDES E ENSINARAM PARA AS CRIANÇAS A MÚSICA QUE MAIS GOSTAVAM. E TODOS CANTARAM JUNTOS.

“SACI PERERÊ DE UMA PERNA SÓ

EU CONHEÇO VOCÊ DA HISTÓRIA DA VOVÓ

CACHIMBO NA BOCA SOLTANDO FUMAÇA

SACI PERERÊ VOCÊ É UMA GRAÇA”.

(História Coletiva – Turma da Água)

LETRAMENTO NA EDUCAÇÃO INFANTIL? QUANDO?

Atualmente quando se comenta sobre o método de ensino, é comum ouvir os profissionais definirem-se como construtivistas, tradicionais, montessorianos, freinetianos enfim, variadas são as teorias que os embasam. Estas diferentes concepções pertencem a dois grandes grupos metodológicos, quais sejam sintéticos  e analíticos. O primeiro deles parte dos segmentos menores da fala e considera que a correta discriminação dos sons e a identificação dos mesmos com o seu sinal gráfico, antecedem a leitura e a escrita. O segundo deles busca a alfabetização com sentido, significativa e para isso, parte de unidades maiores para chegar a unidades menores, porém, cristalizam o processo  em etapas que nada têm a ver como o processo de aprendizagem do aluno.

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LIVRO CONFECCIONADO A PARTIR DO VIDEO “Planeta Água” – (youtube).
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DESENHAR PARA QUÊ? PARA FAZERMOS ESTE LIVRO ESTÁ BOM?
DESENHO É LIVRE NO SENTIDO DE FAZÊ-LO
CONFORME SEU GOSTO, MAS É A PARTIR DO QUE A MÚSICA FALA.

Em Freinet (1996), a criança se apropria do letramento a partir dos tateios e  vivências cotidianas junto aos seus pares. Freinet não valorizou com isso a  abordagem tecnicista, por isso insiste em dizer: “(…) não se pode reduzir simplesmente a utilização de instrumento ou técnicas, se eles estão despojados de sua alma”.Desta forma, dá-se início a esta reflexão aliando a este embasamento teórico, a prática da Turma da Água.   

DIFERENTES MOMENTOS EM QUE SE VIVE O LETRAMENTO

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ATENÇÃO AOS AGENDAMENTOS COTIDIANOS: HOJE É DIA DE QUÊ LAÍS?
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CALENDÁRIO É O QUÊ? PARA QUÊ SERVE? QUANDO SERÁ O “ARRAIÁ DA CELISA?”

Este processo ocorre em diferentes momentos do dia-a-dia infantil, como por exemplo, na Roda da Conversa que tem, entre outras, a função de expressão livre, organização das falas de cada um, interação e autonomia no processo de diálogo (liberdade para a criança que está se expressando concluir o seu pensamento), planejar o dia, contarem novidades e curiosidades, rever combinados. 

O letramento em diferentes momentos do cotidiano educativo da Turma da Água.

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Pesquisa sobre o conhecimento e vivência da Páscoa nas diferentes famílias.
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Ciclo da água – Painel feito depois de muitas histórias, vídeos e poesias.
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Identidade do trabalho: Precisamos colocar o nome.

Através deste instrumento os educadores assumem o Invariante Pedagógico de nº. 8 como uma verdade vivida no dia-a-dia: “Ninguém gosta de trabalhar sem objetivo, atuar como máquina, sujeitando-se a rotinas nas quais não participa” (Dias, 1979).

HISTÓRIA DE SACI (História Coletiva para a Peça do Teatro que será apresentada amanhã no Arraiá da Celisa)

HISTÓRIA DE SACI

 

ERA UMA VEZ UMA ESCOLA CHAMADA CELISA. LÁ HAVIA VÁRIOS SACIS EM SUA FLORESTA. ESSES SACIS USAVAM CAPUZ VERMELHO,

CACHIMBO E PULAVAM EM UMA PERNA SÓ. ELES GOSTAVAM DE JOGAR SAL NA COMIDA QUE A COZINHEIRA FAZIA PARA AS CRIANÇAS .

QUANDO A TURMA DA ÁGUA ÍA PARA O PARQUE, TIRAVA SEUS SAPATINHOS E DEIXAVA ARRUMADINHOS, MAS OS SACIS IAM LÁ E MISTURAVAM TODOS ELES. FOI ASSIM QUE ACONTECEU. A TURMA DA ÁGUA TIROU OS SAPATINHOS, ARRUMOU NA SALA E FOI PARA O PARQUE BRINCAR DE RODA. E LÁ FORAM OS SACIS BAGUNÇAR A SALA.

MAS ELES FAZIAM ISSO PORQUE VIAM AS CRIANÇAS BRINCAREM DE RODA E TAMBÉM QUERIAM SE JUNTAR A ELAS.

ENTÃO UM  DIA OS SACIS FORAM ATÉ A RODA E PERGUNTARAM PARA AS CRIANÇAS:

_ PODEMOS SER SEUS AMIGOS?

AS CRIANÇAS RESPONDERAM:

_ SIM, VENHAM BRINCAR COM A GENTE!

OS SACIS SE DESCULPARAM PELOS MODOS E ENSINARAM PARA AS CRIANÇAS A MÚSICA QUE MAIS GOSTAVAM.

 

SACI PERERÊ DE UMA PERNA SÓ

EU CONHEÇO VOCÊ DA HISTÓRIA DA VOVÓ

CACHIMBO NA BOCA SOLTANDO FUMAÇA

SACI PERERÊ VOCÊ É UMA GRAÇA”.

(História Coletiva – Turma da Água)

BIBLIOGRAFIA

DIAS, Ruth Joffily. O Cotidiano na Pedagogia de Freinet. Série Idéias n. 2. São Paulo: FDE, 1994.  

FREINET, Celestin.  As Técnicas Freinet da Escola Moderna.  Editorial Lisboa: 
Estampa, 1996.

CRIANÇAS BRINCANDO. QUEM EDUCA?

Este título me chamou a atenção e confesso. O livro todo me encantou. Entendo o brincar como uma das atividades fundamentais para o desenvolvimento da identidade e da autonomia, funcionando como um cenário no qual as crianças tornam-se capazes não só de imitar a vida como também de transformá-la. Segundo Lameirão (2007, p.21), autora do livro, cujo título mencionei, a criança “(…) ao desenvolver as atividades de correr, saltitar, girar, pular corda… a criança torna-se hábil da cabeça aos pés, e seu corpo mostra-se mais leve, vibrante e até luminoso”.  Por isso brinco todos os dias.

A Linda Rosa Juvenil

Percebe-se, portanto, no brincar um modo de evoluir de diferentes maneiras e que  acompanha as diferentes fases do desenvolvimento infantil. Quanto ao ambiente é imprescindível que este seja planejado e adequado à atividade do brincar, precisando então oferecer condições para que aconteça.

“… e um dia veio um belo rei…”

Para mim o brincar é assim, um espaço no qual se pode observar a coordenação das experiências prévias das crianças e aquilo que os objetos manipulados sugerem ou provocam no momento presente. Assim sendo, do brincar tem sido a principal ferramenta para a construção de habilidades, cognição, psicomotricinadae, afetividade, valores, virtudes, autonomia, respeito, alteridade, pensamento, linguagem, entre tantas mais na Turma da Água.

“… e os dois puseram-se a dançar…”

Como sujeitos históricos e de direitos, as crianças têm podido pegar com as mãos, apropriando-se da cultura e assim nas interações, relações e práticas cotidianas, têm vivenciado a construção da sua identidade pessoal e do grupo. Enquanto brincam imaginam, fantasiam, desejam, aprendem, observam, experimentam, narram, questionam e constróem sentidos sobre a natureza e a sociedade, produzindo cultura.

“…o cravo teve um desmaio e a rosa pôs-se a chorar…”

Através do brincar e da cultura, evidencia-se o conjunto de práticas que buscam articular as experiências e os saberes entre elas os diferentes conhecimentos que fazem parte do patrimônio cultural, artístico, ambiental, científico e tecnológico. Deste modo, promove-se o desenvolvimento integral delas. A dramatização de músicas infantis agradam muito as crianças. Brincamos com essas músicas, contos de fadas e lendas. As fantasias que temos são as mesmas que em várias outras unidades educacionais municipais. As crianças não se importam se elas são pertinentes ao contexto. Dramatizam de acordo com a música ou histórias felizes.

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BIBLIOGRAFIA

LAMEIRÃO, Luiza Helena Tannuri. Criança brincando! Quem educa? São Paulo: Editora João de Barro, 2007.

UMA ESCOLA POSSÍVEL!

FALA DE UMA EDUCADORA APAIXONADA: Lembrando da Educadora Liliam, minha amiga de reflexões e paixões: “Ufa! Não é tudo silencioso então? Brincadeirinha”.

Pois é, uma sala de aula que permite que a vida entre por sua porta e janelas, não pode ser silenciosa, mas deve ser encantadora, promissora, portadora de projetos, pesquisas, curiosidade, desafios…muitos desafios, ou seja, que respeita “o ser” criança, por entender que ela é da mesma natureza que o adulto (Invariante Pedagógico no. 01 – em SAMPAIO, Rosa Maria Whitaker Ferreira. “Freinet: evolução histórica e atualidades”, Scipione, São Paulo: 1989.)

Freinet nos fala de uma outra escola possível, nos idos da década de 30, de uma Escola que, ainda hoje, achamos difícil construir. É esta a escola que eu quero! É essa a escola para o qual trabalho diariamente! A escola ativa e alegre! Com vida! Havemos de chegar lá! 

Eu quero e luto muito por tudo isso (grifo meu).

Freinet diz em 1930  em L’Imprimerie à l’École, fevereiro de 1930 o seguinte:

“Ser humano, ter confiança na criança, evitar ao máximo a opressão, a coação, está muito bem, dizem nossos colegas. O que mais nos interessa é saber como na prática, podemos realizar em nossas turmas esses objetivos desejáveis em toda boa educação”. 

O Desenho que se transforma

Eu digo: O desenho se transformou: Ha dois anos atrás eram garatujas e com a prática do desenho livre nos ateliês, ele ganhou forma e hoje tem requintes técnicos. Tenho o privilégio de acompanhar parte da turma nesses 3 últimos anos. Vejo os progresso, proponho desafios.

Considero: Meninos na Casinha de Bonecas, por que não? Tem até ônibus ali pertinho: o simbolismo e o imaginário infantil ganhando vida e como acredita Brougére: a brincadeira destituída de suas principais características como a liberdade de tomada de decisão, entrada em situação imaginária, prazer, privilégio do processo em relação ao produto final, não pode ser considera como brincadeira no sentido por ele definido. O brincar deve ser livre e espontâneo para ser considerado brincadeira (BROUGÉRE, Gilles. Brinquedo e Cultura. Traduzido por Gisela Wajskop. 4 ed.São Paulo, Cotez, 2001).

Freinet (1930) torna a falar:

“(…) Acreditamos que primeiro é preciso dar à palavra disciplina um novo sentido. (…) 

 O problema da disciplina parece-nos colocar-se do seguinte modo: a criança que participa de uma atividade que a apaixona disciplina-se a si mesma, a menos que o trabalho não a discipline automaticamente”. 

 Brinquedos de casa: não basta trazê-los, precisamos emprestar, zelar e brincar junto .

Eu vejo: Autonomia, Solidariedade, Cooperação. 

Para Freinet (1930), “Nossa verdadeira tarefa consiste em permitir a nossos alunos todas as atividades educativas que satisfaçam sua personalidade, em estudar atentamente a técnica dessas atividades, que supõe uma disciplina motivada pelo objetivo a atingir”. 

                          Mosaico com tecidos – Patchcolagem – Capa para o Novo LIVRO DA VIDA  – Trimestre – II /2012

Novamente Freinet (1930) com sua amorosidade característica: O único critério, então, não será saber se essas crianças são boazinhas, obedientes e tranquilas, e sim se trabalham com entusiasmo e ardor.” 

Então eu pergunto: Será que há dúvidas de que esta escola é possível?
 

BRINQUEDO DE CASA É SÓ ÀS SEXTAS FEIRAS?

Primeiro dia de aula depois de longa e exaustiva greve, recebo a Turma da Água com muitas saudades. Gabriel olha pra mim, me cumprimenta, me dá um beijo e pergunta:

_ Laís, hoje é dia de brinquedo?

Essa pergunta tem se repetido desde fevereiro, porque embora a escola institua a sexta-feira como o dia do brinquedo de casa, eu nunca me importei se era segunda, quinta ou sexta-feira. Pelo contrário, no período de adaptação inclusive sugeri às famílias que se a criança se apegasse a algum objeto de casa e pedisse para levar para Emei, que elas permitissem, pois acredito que o brinquedo ou o objeto tornam-se uma ponte, um porto seguro que acalma e tranquiliza a criança e que em nada prejudica o cotidiano, no entanto, como a norma está colada e sacramentada no caderno de recados é natural que as famílias não deixem as crianças levarem. Por isso a pergunta, quase que diária do Gabriel e não foi diferente nesta segunda-feira de junho.

Muito bem, pedi para ele que conversássemos sobre isso na Roda de Conversa. Sentamos e então começamos falar à respeito. Perguntei o que achavam deste dia, se gostavam, se hoje era dia de brinquedo. Apesar de explicar que brincamos com brinquedos todos os dias, portanto, todos os dias são dias de brinquedos as crianças disseram, quase que em coro: _ Não, Laís, brinquedo de casa!

Ah, entendi eu respondi. Então eu perguntei se gostariam de trazer brinquedos outros dias e todos rapidamente responderam que sim.

Então o Gabriel disse:

_Mas se pegar antes do parque, você guarda ele no armário né Laís?

Não me contive e comecei a rir.

Interferi, mais uma vez, reforçando como tem sido utilizado o brinquedo de casa. Em que momento do nosso dia brincamos com brinquedo?

_ Depois dos ateliês, responderam.

Se os ateliês sempre têm trabalhos a serem feitos, podemos fazer de qualquer jeito, com pressa e sem capricho?

Muitos responderam que tínhamos que fazer direitinho.

Combinamos então que todos os dias brincaríamos com os brinquedos de casa também, depois dos ateliês e que os trabalhos deveriam ser feitos com capricho e responsabilidade, sem pressa. Mas surgiu outra consideração do Gabriel:

_ Minha mãe não deixa eu trazer!

Perguntei se gostariam de fazer um bilhete para a mãe. Todos aceitaram. Me levantei, peguei caneta e papel e o bilhete saiu:

“CARA FAMÍLIA, COMBINAMOS HOJE COM A LAÍS QUE PODEREMOS TRAZER BRINQUEDOS DE CASA TODOS OS DIAS. VAMOS BRINCAR COM ELES SEMPRE, DEPOIS QUE TERMINARMOS OS ATELIÊS COM CAPRICHO E RESPONSABILIDADE.

TURMA DA ÁGUA – 04/06/2012  “.

Reforçamos mais uma vez o vínculo afetivo. Sinto a confiança das crianças em mim e, com esta prática, elas percebem os seus deveres de um modo lúdico e responsável.

Por considerar o brincar como fonte de aprendizado e defender o brincar como direito, o “brinquedo de casa” pode e deve ter livre acesso. Através dele a criança aprende a emprestar, zelar pelo seu brinquedo e do outro, explicar sobre o brinquedo, contar sua história, a responsabilidade em guardar depois de utilizado. Vivenciamos os direitos e deveres, a solidariedade, a cooperação e a autonomia – pilares imprescindíveis da Pedagogia Freinet.

1- Nas rodas de conversa e diante da apresentação dos brinquedos é possível comparar, contar, observar cor, tamanho, peso, igualdades: classificação, seriação e muito mais. São, portanto, inúmeros objetivos desenvolvidos e as aprendizagens advindas desses. Percebo do que mais gostam através deste momento. Os meninos gostam muito de super heróis e as meninas de maquiagem. Aí está a necessidade de adquirir brinquedos seguros e que possibilitem a satisfação deste desejo infantil.

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2- De posse da sequência cotidiana dos nossos trabalhos, a seguridade do direito do brincar livre sempre está garantido, seja com brinquedos de casa ou com os brinquedos da escola que permitem o faz de conta e o simbolismo acontecerem.

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3- Deste modo brincamos diariamente dentro da sala, no parque, no pátio, no anfiteatro, no galpão, no tanque de areia, na Casinha de boneca com os mais variados brinquedos e jogos: bola, corda, bambolê, panelinhas, bonecas, carrinhos, baldes, pás e etc. 

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4 – Brincamos coletivamente, com a distribuição de papéis feita por elas mesmas e individualmente nos espaços da sala e fora dela: de casinha, de dirigir ônibus, de boneca, de carrinho, de montar, de ler, de amassar massinha, de jogar. Fora dela: dançar, dramatizar, pintar e muito mais.

5- Através do Jornal de Parede, as crianças propõem brincadeiras e projetos. Eu proponho brincadeiras novas e planos de trabalhos também.

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Minha inquietação encontrou respaldo teórico quando pude ler um artigo em que Brougère é citado. Em uma de suas obras coloca sobre o brinquedo e o brincar: a brincadeira destituída de suas principais características como a liberdade de tomada de decisão, entrada em situação imaginária, prazer, privilégio do processo em relação ao produto final, não pode ser considera como brincadeira no sentido por ele definido. O brincar deve ser livre e espontâneo para ser considerado brincadeira.

BIBLIOGRAFIA

BROUGÉRE,Gilles. Brinquedo e Cultura. Traduzido por Gisela Wajskop. 4 ed.São Paulo, Cotez,2001.